Deitei-me na cama de barriga para cima e durante muito tempo olhei para a brancura do meu tecto. Ou se calhar, só olhei o tempo suficiente para que ele, o pequeno gafanhoto, me ligasse:
«Como estás?»
«Bem... Mais ou menos...»
«Amélie... Como estás?»
«Percebes agora porque digo sempre que o pior não foi ele, mas ela?»
Mas já passaram cinco anos, por isso, talvez agora que contei tudo de uma só vez sem tentar proteger-me de certas recordações... Talvez agora consiga, por fim matá-lo e enterrá-lo.
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